Pessoas agem com base na racionalidade e principalmente nas suas emoções. Os líderes de grandes corporações têm despertado para a necessidade de ouvir seus liderados.
As transformações que ocorreram principalmente de 2020 para cá, têm gerado muita incerteza e instabilidade emocional nas pessoas. Não sabemos o que esperar, tivemos nossas rotinas modificadas, tanto na vida pessoal, quanto no trabalho.
Tenho recebido várias perguntas de líderes que não se sentem preparados para lidar com o desgaste emocional de seus liderados porque familiares perderam seus empregos ou pela preocupação com a pandemia.
O fato é que ninguém estava preparado para mudanças tão abruptas, a boa notícia é que a única coisa que podemos ter controle nesse momento é sobre as emoções.
As emoções são manifestações de sentimentos que podemos expressar ou não, por nosso comportamento diante das outras pessoas. Na verdade, a palavra controle não é a mais adequada para esse caso, e sim a regulação das emoções que é a colocação mais acertada porque não conseguimos decidir ou impedir a nós mesmos de sentir medo, ansiedade ou tristeza por exemplo, mas podemos sentir essas emoções, entender quais foram os acontecimentos que as geraram e por fim com clareza decidir como vamos reagir em relação a isso, assim se dá a regulação das emoções e por consequência o sentimos que controlamos todo esse evento.
Não é fácil, é uma questão de exercício da inteligência emocional que é a forma como sentimos e gerenciamos as emoções.
Ao ter muito claro o autoconhecimento de quais são suas tendências emocionais é possível entender, interpretar e decidir como se comportará com suas emoções, principalmente em momentos de crise.
O líder deve ter o interesse de desenvolver a autoconsciência de suas emoções para poder ser líder de si e estar apto a liderar aos outros.
Em qualquer atividade que for realizar as emoções estão presentes, é impossível deixá-las da porta para fora da empresa. Nas reuniões, nas tomadas de decisões na relação com a equipe suas emoções e as das outras pessoas estarão presentes e influenciarão a todos os processos de maneira positiva ou negativa.
Para garantir que os objetivos da organização sejam alcançados, o líder deve fazer a leitura emocional das pessoas envolvidas no projeto e trabalhar, por meio de feedbacks a regulação das emoções, para que nesse momento diferenças pessoais não interfiram no processo decisório.
É importante ao líder saber sobre emoções porque são as pessoas que geram resultados e se elas não estiverem bem o clima será impactado, a produtividade cairá, a desmotivação dominará e os objetivos da organização não serão atendidos.
Você se lembra do melhor líder com quem trabalhou? Com certeza os aspecto que o fez especial foram por ser gentil, atencioso, participativo e preocupado com o bem estar coletivo. Viu só, as pessoas são lembradas por aspectos comportamentais e não por ter feito milhões em vendas.
Como você quer ser lembrado? Como um líder que se importava tanto com as pessoas que seus resultados eram incríveis ou como um líder mediano que só pensava em números?